Por: MARIA LUÍSA ABRANTES
Data: 03 / 20 / 2024
Em Angola , só a aplicação mais ajustada da política monetária pelo Banco Central , seria a forma de intervenção de Estado na economia adequada , para regular o mercado pela oferta e procura , através do financiamento ( crédito) ao investimento privado interno com juros mais baixos .
Porquê?
Porque só o investimento na produção interna , daria mais empregos às famílias ( aforradores ) , que iriam depositar as suas poupanças aos bancos , ou empresta’-las ( pela compra de títulos) e aumentariam o consumo , que promoveria novos investimentos . Quando o salário é adequado ao mercado ( oferta e procura) , as famílias tendem em aplicar as suas poupanças , quer em investimentos ( negócios, compra/construção de habitação , de equipamentos, etc. ) . As famílias são incentivadas pelos lucros referentes às taxas de juro que lhes são oferecidas , não apenas para investimentos futuros , mas também por receio do futuro incerto , ou para constituir herança , que assegure o futuro da sua descendência .
É certo que os angolanos anseiam ardentemente pelo aumento salarial , incluindo das pensões , mas se o Kwanza continuar a não ter como contrapartida ( valorização) a produção e a exportação de parte desses produtos , o que irá acontecer com a circulação de mais kwanzas no mercado ( papel emitido no vazio ) ?
A procura ( demanda) será superior à oferta inexistente , fazendo aumentar ainda mais os preços, pelo encarecimento dos produtos e favorecendo a importação . Como consequência , teríamos o aumento da inflação e mais correção monetária distorcida , pela necessidade de maior quantidade de moeda para adquirir os produtos.
Segundo a teoria quantitativa da moeda , quanto maior for a quantidade de moeda disponível , maior será a inflação. Ao meu Professor da disciplina de Moeda , peço encarecidamente que me corrija. Ele é angolano , com o Doutoramento sobre a matéria feito em França , vive em Angola e seria um excelente Ministro das Finanças .