Por: MARIA LUÍSA ABRANTES
Data: 20 / 04 /2025
( Ainda sobre a intervenção da Ministra Luísa Grilo )
Partiu-me o coração , porque lágrimas já não tenho , pois há muito secaram , ao ouvir a Sra. Ministra da Educação , Luísa Grilo e o Sr. Ministro da Juventude e Desportos , Rui Falcão , a afirmarem publicamente , que ” … quem está fora não faz falta .. ” . Que falta de conhecimento , que
falta de empatia , que pobreza de espírito . Que vergonha !
Os cidadãos dos países desenvolvidos que emigram , até tem benefícios adicionais especiais , porque não só podem aportar divisas aos referidos países , com as remessas para familiares e aquisição ou construção de imóveis , mas também representam os seus países bem ou mal .
Os Estados Unidos de América , são dos maiores exemplos de proteção aos seus cidadãos que emigram , estejam onde estiverem . Seja um trabalhador honesto , um drogado , um assassino a soldo , a Administração americana faz de tudo para ir buscar qualquer dos seus cidadãos , a qualquer parte do mundo . Basta que os respectivos cidadãos se registem nos seus Consulados e estes , sejam informados pelos próprios , ou pelos familiares , que estão a correr perigo , ou que tenham os seus direitos humanos violados . Tem também como é óbvio, o direito ao voto eleitoral . Temos os casos recentes mais conhecidos , da atleta olimpíca presa na Rússia , por ter sido encontrada em posse de droga , ou o caso dos mercenarios americanos presos na RDC , por implicação na tentativa de golpe de Estado .
Em Portugal , de onde contratam muitos dos consultores que ganham 10 ou mais vezes , o salário de um angolano com as mesmas qualificações , os seus emigrantes tem o direito ao voto nos países onde residirem , tem isenção de imposto alfandegário ( taxa aduaneira) , sempre que enviarem veículos , ou mobiliário , a partir dos países para onde emigraram , para qualquer porto em Portugal , entre outras facilidades .
Será que as declarações dos dois dirigentes supracitados são reflexo de conversas partidárias , tendentes a excluir ” ad aeternum ” o voto a todos os angolanos da diáspora, ( que não trabalhem nas missões diplomáticas ) , com medo da tendência dos votantes ?
ANGOLA E’ UM PAÍS IMPRÓPRIO PARA CARDÍACOS .
NUNCA SE ESQUEÇAM. CADA EMIGRANTE É UM VOTANTE E UM CONTRIBUINTE EM POTÊNCIA .
A que ponto chegou o radicalismo de membros do Executivo liderado pelo MPLA . Ou será que estariam a pensar que todos os angolanos são iletrados , ou trogloditas ?
Alguém se estará a ver ao espelho ?
Como cidadãos angolanos , todos nós , governantes e governados , deveríamos ter vergonha , por termos irmãos nossos a dormir de baixo da ponte fora do país , ( como disse a Sra. Ministra ) , por falta de oportunidades , devido a péssima gestão do país . Um indigente angolano arrastado , é a nossa bandeira arrastada . Os milhões de indígentes angolanos e os milhares de crianças de rua que vagabundeiam por Angola , desputando os restos de comida nos contentores do lixo , são da responsabilidade de quem ?
Trabalhar na obra na diáspora , ( como disse o Sr. Ministro Rui Falcão ) , será pior do que ficar em Angola , onde as obras desde 2018 andam paralisadas , a assaltar a mão armada ?
Nem durante o longo período de gerra isso aconteceu .
O problema , é que para além dos membros do poder Executivo , quem lidera o país , ainda são os ” velhos ” Partidos em Angola , que nos representam na Assembleia Nacional e no poder Judicial ( neste caso não entendo porquê) . Muitos deles viveram e alguns até nasceram no exterior do país , a que chamaram ” mata ” . Havia vários tipo de ” mata ” . A “mata ” de Kinshasa , de Lusaka, de Brazzaville, de Argel , de Rabat , de Conacri , de Dar es Salem , de Paris , da Suíça, de Berlim , de Nova Iorque, de Gutemburgo ( Suécia ) , de Praga , de Rostov e de Baku ( Rússia ) , de Abidjan , etc .
PÁSCOA FELIZ PARA TODOS OS ANGOLANOS NA DIÁSPORA !
O MEU KANDANDU !
( Observação: Para quem não saiba, troglodítas , eram um tipo de indivíduos pré-históricos africanos , que viviam em carvernas , ou seja em grutas normalmente escondidas nas rochas , ou em esconderijos subterrâneos ( debaixo da terra ) , que quando se sentiam em perigo , agiam com agressividade e violência )